Espaço dedicado exclusivamente à apresentação de trabalhos da cadeira de DCV
sexta-feira, 25 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
Apresentação do primeiro projecto
Capa do cd |
Bolacha do cd |
A imagem criada corresponde à mensagem transmitida na música, ilustrando, na nossa opinião, de forma clara, a divisão cantada pelo artista. Assim, na capa do CD, representámos um mundo dividido, na horizontal, por um muro. Na parte de cima, observamos pessoas alegres a saltar, uma criança a brincar, enfim, situações de alegria, em que se partilham sensações positivas. O ambiente é de luz, de festa e de calor, os corpos humanos são enérgicos e revestidos de cor.
Na parte de baixo, pelo contrário, observamos situações de solidão, que contrastam com a alegria anunciada na parte de cima. Não há contacto entre ninguém, as pessoas apresentam uma postura cabisbaixa, indiferente, e sem cor.
Contudo, esta separação não é rígida, existe a possibilidade de mudar (o change presente na música). A colocação das escadas assinala essa possibilidade: duas senhoras sobem essas escadas, marcando a transição do mundo negativo para o mundo positivo. A presença de cor no corpo da senhora que chega à parte de cima, simboliza o corte com o mundo de baixo, no momento em que trespassa, finalmente, o muro.
São vários os elementos básicos e técnicas de comunicação visual presentes nesta imagem. Em primeiro lugar, a linha, que, através dos contornos, indica a forma dos corpos humanos, do mundo, dos tijolos ou dos raios solares. São também constituídas formas, como o círculo, na representação do globo e dos focos de luz e de sol da parte de cima da imagem, e múltiplos paralelepípedos que se encaixam uns nos outros, constituindo os tijolos do muro. A utilização do círculo remete para a infinitude e confere uma direcção curvilínea ao desenho, o que expressa a respectiva abrangência espacial. A utilização dos paralelepípedos para representar o muro ilustra, por outro lado, a rigidez física (e psicológica, se quisermos) do objecto em questão.
A cor é outro elemento importante na leitura da imagem criada, porque permite uma distinção imediata entre a parte de cima do muro e a parte de baixo e, mais do que isso, expressa os significados de cada situação.
Do lado de cima, observamos um mundo de cor: o globo é colorido (o azul do mar, o verde do território e o cinzento das nuvens indica que se trata do mundo), os corpos são cor-de-laranja e a imagem de fundo varia entre diferentes tons de amarelo e cor-de-laranja. A utilização destes matizes confere um valor simbólico forte à imagem: a imagem de cima expressa calor, luz, energia, enfim, o positivismo necessário à representação visual da uma das realidades cantadas na música.
Em termos de dimensão, importa referir que não utilizámos a técnica da perspectiva, pelo que a justaposição de tons (a gradação tonal permite ilustrar a dimensão nas representações bidimensionais) também não foi necessária. Está presente apenas na imagem do globo, cuja cor escurece nas extremidades, para criar a ilusão de sombra e, portanto, da existência de um plano maior do que vemos na imagem.
Por último, falando do elemento escala, é bastante óbvio que não respeitamos a escala real entre os elementos ilustrados, porque, dessa forma, seria impossível colocar elementos visíveis no mesmo plano do mundo. Contudo, o objectivo deste trabalho era mesmo esse: criar uma imagem com conteúdo simbólico, não real.
Relativamente às técnicas de comunicação visual presentes na imagem, verifica-se, em primeiro lugar, um forte de contraste entre a parte de cima da imagem (a cores) e a parte de baixo (a preto e branco), que remete para a divisão anunciada na letra da música. No interior das respectivas partes, procurámos, também, que o contraste tornasse a imagem legível: na parte de cima, optámos por investir na saturação do cor-de-laranja das formas, o que lhes confere maior contaste sobre o fundo, e na parte de baixo, revestimos as formas de branco e de cinzento, o que permite, igualmente, uma grande legibilidade.
Elementos básicos e técnicas da comunicação visual
A razão da escolha da minha imagem está relacionada, obviamente, com a quantidade de elementos e técnicas que nela reconheci, julgando-a, assim, um bom objecto de análise para a redacção do meu trabalho teórico.
No que diz respeito aos elementos básicos, identifico a linha, a direcção, o tom, a cor, a escala, a dimensão e o movimento.
A linha, em primeiro lugar, surge como uma marca contínua e precisa, contendo uma direcção e um propósito definidos. Neste caso concreto é utilizada de forma flexível, ainda que disciplinada, em todos os traços coloridos da imagem. Estas linhas contêm, portanto, uma direcção curva, conferindo uma ideia de movimento a quem a visualizar.
A imagem contém também cor. Aliás, nela se reúnem as três cores primárias: amarelo, vermelho e azul, ainda que em diferentes tons. Analisando superficialmente a imagem, identificamos também a cor verde, e, na zona superior, podemos identificá-la entre o amarelo a o azul, cores primárias que, quando misturadas, dão origem ao verde. Ainda dentro do tema da cor, podemos afirmar que, neste caso concreto, identificamos também as três dimensões que se podem definir neste elemento básico: a matiz (nas já referidas cores primárias), a saturação (referindo-se à pureza da cor face ao cinzento, esta imagem é extremamente elucidativa, uma vez que o próprio fundo é, precisamente, cinzento, fazendo realçar todas as outras cores) e, finalmente, o brilho (indo da luz à escuridão, esta dimensão está presente na zona inferior da imagem, onde a cor vermelha perde imenso brilho em comparação à sua representação numa zona mais acima).
Como já referi, a imagem contém também diferentes tons de cada cor, que avançam gradualmente à medida que se aproximam da cor seguinte, conferindo à imagem alguma ideia de dimensão, devido às luzes e sombras.
Finalmente, a escala encontra-se, obviamente, presente nas letras, onde, através da introdução de letras maiores/menores, se pode alterar a percepção do homem. As letras onde se pode ler “música viva” parecem-nos, assim, enormes perante as letras do texto imediatamente abaixo.
Referentemente às técnicas da comunicação visual, posso afirmar que identifico, nesta imagem, a assimetria, a irregularidade, a espontaneidade, a actividade, a ousadia, o ênfase e a opacidade.
A assimetria, pois nenhuma unidade situada de um lado de uma linha central é rigorosamente repetida do outro lado. A espontaneidade, como um elemento caracterizado pela emoção, pelo impulso e pela liberdade. A actividade, reflectida no movimento da linha, assim como a ousadia. O ênfase, não só nas cores em contraste com o fundo cinzento escuro, mas principalmente nas palavras brancas do canto inferior direito. Finalmente, a opacidade, pois nenhum dos elementos da imagem envolve detalhes visuais através dos quais se pode ver.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Primeiro projecto
Como primeiro trabalho prático para a cadeira de Design e Comunicação Visual, foi-nos proposta a realização de uma capa de cd a partir de sete palavras seleccionadas de uma música ao nosso critério, tendo, como base, os elementos e as estratégias da comunicação visual.
Assim, e após algum período de indecisão, optámos pela música “Within You, Without You”, do álbum “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles, escrita por George Harrison. A letra da música descreve a falta de proximidade, de partilha e de gestos de amor entre as pessoas, afirmando que são esses mesmos gestos que podem “salvar o mundo” e que, se o homem olhar para além de si mesmo, poderá então atingir um estado de paz. Resumidamente, o autor da música apresenta as atitudes e a postura que, na sua opinião, são as menos correctas para o alcance da felicidade (não só pessoal mas também comum), expondo, em contraste, aquelas que lhe parecem mais indicadas. A partir daqui, as sete palavras que escolhemos foram: space, wall, cold, love, share, change e world. As primeiras três contrastam com as restantes e, por fim, a última palavra pareceu-nos ideal para incluir a sua representação visual na capa do cd, uma vez que aquilo que George Harrison referiu na sua letra se processa a uma escala global.
O que projectámos visualmente foi, então, o planeta Terra dividido na horizontal por um muro, apresentando, na parte inferior, as atitudes consideradas erradas e, na parte superior, as atitudes correctas, tentando transmitir a ideia de ascensão de umas para outras através de uma figura humana a atravessar o muro.
No que toca à aplicação da nossa ideia na prática, parece-nos, até agora, que não teremos problemas de maior dimensão, continuando, no período externo ao horário lectivo, a trabalhar na realização da capa do cd.
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