quinta-feira, 17 de março de 2011

Apresentação do primeiro projecto

Capa do cd

Bolacha do cd


A imagem criada corresponde à mensagem transmitida na música, ilustrando, na nossa opinião, de forma clara, a divisão cantada pelo artista. Assim, na capa do CD, representámos um mundo dividido, na horizontal, por um muro. Na parte de cima, observamos pessoas alegres a saltar, uma criança a brincar, enfim, situações de alegria, em que se partilham sensações positivas. O ambiente é de luz, de festa e de calor, os corpos humanos são enérgicos e revestidos de cor.
Na parte de baixo, pelo contrário, observamos situações de solidão, que contrastam com a alegria anunciada na parte de cima. Não há contacto entre ninguém, as pessoas apresentam uma postura cabisbaixa, indiferente, e sem cor.
Contudo, esta separação não é rígida, existe a possibilidade de mudar (o change presente na música). A colocação das escadas assinala essa possibilidade: duas senhoras sobem essas escadas, marcando a transição do mundo negativo para o mundo positivo. A presença de cor no corpo da senhora que chega à parte de cima, simboliza o corte com o mundo de baixo, no momento em que trespassa, finalmente, o muro.

São vários os elementos básicos e técnicas de comunicação visual presentes nesta imagem. Em primeiro lugar, a linha, que, através dos contornos, indica a forma dos corpos humanos, do mundo, dos tijolos ou dos raios solares. São também constituídas formas, como o círculo, na representação do globo e dos focos de luz e de sol da parte de cima da imagem, e múltiplos paralelepípedos que se encaixam uns nos outros, constituindo os tijolos do muro. A utilização do círculo remete para a infinitude e confere uma direcção curvilínea ao desenho, o que expressa a respectiva abrangência espacial. A utilização dos paralelepípedos para representar o muro ilustra, por outro lado, a rigidez física (e psicológica, se quisermos) do objecto em questão. 
A cor é outro elemento importante na leitura da imagem criada, porque permite uma distinção imediata entre a parte de cima do muro e a parte de baixo e, mais do que isso, expressa os significados de cada situação.
Do lado de cima, observamos um mundo de cor: o globo é colorido (o azul do mar, o verde do território e o cinzento das nuvens indica que se trata do mundo), os corpos são cor-de-laranja e a imagem de fundo varia entre diferentes tons de amarelo e cor-de-laranja. A utilização destes matizes confere um valor simbólico forte à imagem: a imagem de cima expressa calor, luz, energia, enfim, o positivismo necessário à representação visual da uma das realidades cantadas na música.
 Em termos de dimensão, importa referir que não utilizámos a técnica da perspectiva, pelo que a justaposição de tons (a gradação tonal permite ilustrar a dimensão nas representações bidimensionais) também não foi necessária. Está presente apenas na imagem do globo, cuja cor escurece nas extremidades, para criar a ilusão de sombra e, portanto, da existência de um plano maior do que vemos na imagem.
Por último, falando do elemento escala, é bastante óbvio que não respeitamos a escala real entre os elementos ilustrados, porque, dessa forma, seria impossível colocar elementos visíveis no mesmo plano do mundo. Contudo, o objectivo deste trabalho era mesmo esse: criar uma imagem com conteúdo simbólico, não real.
Relativamente às técnicas de comunicação visual presentes na imagem, verifica-se, em primeiro lugar, um forte de contraste entre a parte de cima da imagem (a cores) e a parte de baixo (a preto e branco), que remete para a divisão anunciada na letra da música. No interior das respectivas partes, procurámos, também, que o contraste tornasse a imagem legível: na parte de cima, optámos por investir na saturação do cor-de-laranja das formas, o que lhes confere maior contaste sobre o fundo, e na parte de baixo, revestimos as formas de branco e de cinzento, o que permite, igualmente, uma grande legibilidade.

Sem comentários:

Enviar um comentário